TEMPO DE FARINHADA
(trechos)
Texto e fotos: Pedro Paulo Paulino
(Jornal FOLHA DO POVO)
Prática tradicional no sertão, mas
quase já extinta, a farinhada artesanal torna-se a cada ano um acontecimento
raro. Exceto na comunidade de Paudarcal, zona rural de Madalena, Ceará, onde há
40 anos uma família sustenta o costume de fazer farinhada por esta época.
O agricultor Gerardo Gomes da Silva,
cujo nome de guerra é Gerardo Muquila, é quem capitaneia mais uma edição da
farinhada em sua propriedade, tradição que vem de seu pai. A casa de farinha
fica na beira da rodagem, próximo à moradia. Debaixo do galpão, somam-se em
média dez pessoas, homens e mulheres, nas diversas etapas para produção de
farinha e goma.
De moderno, apenas o motor elétrico e
a máquina que agora substituem a antiga roda de pau para o corte da mandioca. O
resto é feio a mão, da raspagem, passando pela lavagem, peneira, prensa, até
chegar ao forno de lenha, com cerca de quatro metros de diâmetro, onde a massa
processada vira farinha. De carona, são fabricados os saborosos beiju e tapioca
de forno. (...)
O jornalista Pedro Paulo Paulino informa que essa matéria sairá completa na edição de julho do jornal
Folha do Povo.
PPP
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