quarta-feira, 29 de agosto de 2018

TALENTO CEARENSE



Imagem dos "Tribalistas" Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brow, pintada por Júlio Santos.

Você já deve ter se deparado, em alguma residência sertaneja, com essas fotografias coloridas a mão, verdadeiras obras de arte. Antigamente o processo era totalmente artesanal e demandava muita paciência e sensibilidade. Hoje em dia, alguns restauradores já utilizam programas de computador na reconstituição de imagens.

 Vamos conhecer agora um mestre desse ofício, o cearense JÚLIO SANTOS:


JÚLIO SANTOS, O MESTRE DA FOTOPINTURA

Júlio Santos é também Mestre Júlio, senhor que desde os doze anos de idade faz fotopintura. Ele queria ser monge, mas acabou mesmo virando um monge da fotopintura.
Ao longo desses anos, Mestre Júlio se reinventou e hoje segue fazendo belos retratos, mas agora usando as ferramentas digitais.
Algumas de suas obras fizeram muito sucesso em São Paulo, na exposição Retrato Popular, realizada pelo Sesc Belenzinho. 
O mestre nasceu e criou-se em Fortaleza, onde mantém o Áureo Stúdio. Foi lá que tudo começou décadas atrás.





CLIQUE AQUI: https://www.youtube.com/watch?v=DLA1CzUB3Fc




QUEM É MESTRE JÚLIO


Mestre Júlio Santos

Nasceu em 1944 em Fortaleza, onde vive e trabalha. Foi na Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), que reunia artistas como Aldemir Martins, Mario Barata e Estrigas, além de seu próprio pai, Didi, que Julio Santos começou a trabalhar, aos 12 anos. No início da década de 70, contribuiu para a reativação do Foto Paris, importante ateliê de fotopintura e estúdio fotográfico em Fortaleza. Em seguida, juntou-se a seu irmão Joaquim e a Antenor Medeiros (parceiro de seu pai Didi na fundação do Áureo Studio) para recuperar a sua oficina, formando a própria equipe de profissionais com garotos de rua.
Poucos são os estúdios que ainda trabalham com retoque e restauro, como o Áureo Studio de Mestre Julio. Para superar as limitações técnicas, ele se atualizou aprendendo a trabalhar com programas digitais de reprodução e tratamento da imagem, ao lado de sua filha Rebeca.
Julio Santos já expôs seu trabalho no exterior, como nas mostras coletivas Europália (Bruxelas, 2011); em Santo Domingo, na República Dominicana (2012), e em Montevidéu (2012), no Centro de Fotografia. Além de ter participado de outras mostras individuais, como na Choque Cultural, por ocasião do lançamento de seu livro, resultado do edital da FUNARTE, em 2010; e na Pinacoteca do Estado em 2012, com a mostra Interior Profundo.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

EM CARIDADE-CE



Estátua de Santo Antônio será a maior do País

A estátua inacabada será transformada em memorial e a sua cabeça, distante 3Km, em museu Caridade.

Por Alex Pimentel (Colaborador do DN)

Passadas quase quatro décadas, os devotos de Santo Antônio, na religiosa cidade de Caridade, situada a pouco mais de 70 quilômetros de Fortaleza, no Sertão Central, não vão mais perder a cabeça por causa do seu maior monumento. Uma nova estátua será erguida no lugar, dos pés à cabeça.
Desde 1980 a expectativa dos moradores, principalmente dos mais religiosos, era poderem olhar nos olhos do padroeiro de 30 metros de altura moldado em concreto, erguido no topo do Serrote Cágado, para lhe pedirem a bênção. Entretanto, o tempo foi passando e a obra não foi concluída na "terra do santo sem cabeça", como ficou conhecida.
Agora, a história será outra. A Prefeitura de Caridade confirmou a construção da nova estátua, dessa vez acompanhada de um complexo religioso, turístico e comercial, o Santuário de Santo Antônio. O projeto foi aprovado e o investimento inicial, de R$ 1 milhão, de um total de R$ 3 milhões, já foi liberado por meio da Secretaria Estadual das Cidades (Scidades).

Obras

As obras deverão iniciar nos próximos meses, informou a prefeita Amanda Lopes. Além de atender aos anseios dos devotos, o projeto vai incrementar a economia do Município, acrescentou satisfeita, ressaltado ser uma iniciativa de muitas mãos, principalmente do ex-prefeito Júnior Tavares com a sua esposa Simone Tavares.
No projeto, além da estátua com quase 35 metros de altura, tendo acesso em lances de escada, com 516 degraus, dois elevadores também darão acesso até os ombros da estrutura, transformados em um mirante. No total, terá mais de 40 metros.

Fonte: CADERNO REGIONAL, DIÁRIO DO NORDESTE

VER MATÉRIA COMPLETA NESTE LINK:


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

VIOLAS AO LUAR DO SERTÃO



SEGUNDA NOITE DE VIOLA NO SERTÃO DE CANINDÉ

A noite da próxima sexta-feira, 24/08, não será apenas uma noite atraente de luar no sertão. Será também uma noite de animada cantoria de viola com os grandes poetas repentistas Geraldo Amâncio e Antônio Jocélio. É o que promete o promotor do evento, Higino Luís Barros de Mesquita, proprietário da fazenda Riacho do Facão, interior de Canindé, Ceará.
É a segunda grande cantoria que Higino Luís patrocina e convida o público em geral para prestigiar a famosa dupla de violeiros. Antes da apresentação dos cantadores, será feito o lançamento do livro "No tempo da lamparina - Memórias de um menino sertanejo", de autoria do escritor e cordelista cearense Arievaldo Vianna.
O anfitrião do evento avisa que a cantoria será no estilo “pé de parede”, como antigamente, com direito a bandeja para coleta dos cantadores, e também a sugestões de motes e pedidos de temas de viola pela plateia. Sintonizado continuamente com o sertão, seus costumes e tradições, Higino Luís mantém-se fiel às suas origens e é um dos maiores entusiastas da cultura popular regional.
O acesso à fazenda Riacho do Facão é feito pela BR-020, sentido Canindé-Boa Viagem. Na localidade de Santa Clara, tem início a estrada vicinal que leva até à fazenda.
Em versos, o poeta Pedro Paulo Paulino também reforça o convite:

Em 24 de agosto,
No Riacho do Facão,
Será grande a cantoria,
Muito improviso e canção,
Com dois grandes cantadores!
Convidamos os senhores
Para essa honrosa atração.

A dupla Antonio Jocélio,
Geraldo Amancio Pereira,
Dois poetas inspirados,
Repentistas de primeira,
A tradição recomenda,
Pois no pátio da fazenda
Vão cantar a noite inteira.

Higino Luiz Mesquita,
“Cabôco” bom do sertão,
É quem faz esse convite,
Com muita satisfação:
Um casal bem nordestino,
Dona Edileuza e Higino,
Será nosso anfitrião.

É este o segundo evento
Nessa fazenda afamada,
Onde a paz e a alegria
Fizeram sua morada.
Dizer isso, nem precisa,
No entanto, Higino avisa
Que lá não se paga nada.

Assim sendo, anote aí
Essa grande cantoria,
Uma noite de luar,
De viola e poesia.
Eu mesmo não vou perder,
Chego quando anoitecer
E só volto no outro dia.


Texto e versos: Pedro Paulo Paulino

* * *

Fonte: www.acordacordel.blogspot.com

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

DIA DO FOLCLORE


Dia do Folclore - Ilustração: Arievaldo Vianna (Direitos Reservados)

22 de agosto, dia do FOLCLORE BRASILEIRO

O Folclore Brasileiro é o conjunto de expressões culturais populares que englobam aspectos da identidade nacional.

São exemplos mitos, lendas, brincadeiras, danças, festas, comidas típicas e demais costumes que são transmitidos de geração para geração.

O folclore brasileiro é bem diversificado e conta com atributos das culturas portuguesa, africana e indígena.

FONTE: https://www.todamateria.com.br/folclore-brasileiro/

Apesar dessa riqueza, o folclore só começa a figurar nas narrativas oficiais a partir do século XIX.

Com Mário de Andrade e a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), o folclore ganha um aspecto mais acadêmico.

Principais Lendas Brasileiras

Segue abaixo os principais personagens das lendas folclóricas brasileiras:

Iara


Iara, também conhecida como Mãe D'Água, é uma sereia, ou seja, possui o torso de mulher e cauda de peixe. Tal qual em outras lendas de sereias, é muito bela e seu canto atrai os homens afim de assassiná-los.

Curupira


O Curupira é um protetor implacável da fauna e da flora que persegue e mata todos que a agridem. Surge na forma de um menino de cabelo vermelho e com os pés virados para trás.

Mula sem cabeça


A mula sem cabeça é uma mulher que foi amaldiçoada após ter um romance com um padre. Como consequência, foi transformada num quadrúpede acéfalo que galopa soltando fogo.

Lobisomem


O Lobisomem é um homem que após ter sido mordido por um lobo se transforma nesse animal a cada noite de lua cheia.

Boitatá


O Boitatá representa uma cobra de fogo, considerada a guardiã da fauna e da flora, implacável na caça daqueles que desrespeitam a natureza.

Boto


Boto Cor-de-rosa - Ilustração ARIEVALDO VIANNA
(Direitos Reservados)



O Boto ou boto cor-de-rosa é um dos personagens folclóricos que emerge dos rios na forma de um jovem bonito. Seu objetivo é seduzir as mulheres para engravidá-las.

Saci-pererê


SACI - Ilustração: Arievaldo Vianna

O Saci-pererê está sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho. Surge como um menino negro que possui apenas uma perna e apronta traquinagens.

SAIBA MAIS: http://acordacordel.blogspot.com/2014/08/dia-do-folclore.html

VEJA TAMBÉM: http://acordacordel.blogspot.com/2012/04/lendas-brasileiras-em-cordel.html

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

MEMÓRIA DO CANGAÇO


O HOMEM QUE FOTOGRAFOU O BANDO DE LAMPIÃO

Com registros do fotógrafo sírio Benjamin Abrahão Calil Botto (1901 – 1938), a Brasiliana Fotográfica lembra Lampião, Virgolino Ferreira da Silva (c. 1898 – 1938), o rei do cangaço, e seu bando. A iconografia produzida por Benjamin – registros fotográficos e filme – não é a única sobre o cangaço, mas por sua extensão contribuiu enormemente para o conhecimento da história dos cangaceiros no Brasil. É uma comprovação visual da marcante estética dos bandoleiros da caatinga e os trouxe para os jornais e à imaginação popular. Logo os personagens do cangaço passaram a protagonizar lendas do sertão, canções e cordéis populares e, apesar de sua violência, Lampião tornou-se, para muitos, uma espécie de mártir dos oprimidos. As notícias chamavam atenção ou para a crueldade dos cangaceiros ou a sua bravura. 

VER POSTAGEM COMPLETA NESTE LINK: http://brasilianafotografica.bn.br/?p=9527


Corisco e Dadá


O fotógrafo libanês Benjamin Abraão Khalil Botto



Lampião e Maria Bonita, com Benjamim Abraão


O bando de Lampião

FEIRA DO CORDEL



A arte e o pensamento 
do cordel
A terceira edição da Feira do Cordel Brasileiro acontece de hoje (16) a domingo (19), na Caixa Cultural


Por Felipe Gurgel - Repórter

A partir desta quinta (16), até domingo (19), a Caixa Cultural Fortaleza (Praia de Iracema) recebe a terceira edição da Feira do Cordel Brasileiro. Durante os quatro dias de programação, o evento traz um recorte da tradicional cultura cordelista, através de shows, recitais, palestras, lançamentos literários, além da exposição de obras raras e venda de folhetos de cordel, livros, camisetas e CDs.

Às 14h desta quinta, a solenidade de abertura reunirá, no Teatro da Caixa Cultural, mestres do cordel e da cantoria, com a apresentação "A Saga de um vaqueiro", da Escola José Antão de Alencar Neto (Pio IX/PI). Segundo o cordelista Klévisson Viana, organizador do evento, a programação deste ano, em relação às edições anteriores, está mais encorpada.

Klévisson cita a experiência da Praça do Cordel, dentro da programação da Bienal Internacional do Livro do Ceará, como um evento correlato da Feira do Cordel Brasileiro. "A cada edição, a programação fica mais complexa e mais rica. A gente está primando muito pelo lado científico, com grandes palestras. Procurando cada vez mais melhorar o nível das palestras, das oficinas. Logo de cara, no dia da abertura, termos a palestra do Bráulio Tavares/RJ ("Imagens da Ficção Científica no Cordel", às 15h)", destaca o cordelista.

O organizador reforça que Bráulio é um dos maiores pensadores da cultura popular no Brasil hoje, "e ainda é um excelente cordelista", acrescenta. Ainda no primeiro dia de programação, ele cita shows como o de Beto Brito (PB), Mestre Gereba Barreto (BA), além dos locais Mestre Geraldo Amâncio Pereira e o jovem cantador Guilherme Nobre, uma revelação de apenas 17 anos.

Adaptação

Klévisson Viana observa que, embora envolva uma forma bem tradicional de expressão artística, a literatura de cordel é viva e dinâmica, no sentido de se atualizar em relação à cultura contemporânea e aos espaços ocupados por novos e experientes cordelistas.

"Basta lembrar que, 15 anos atrás, quando a internet estava engatinhando por aqui, as pessoas achavam que ela ia massacrar as tradições. Mas deu foi mais voz, amplificou. Hoje é quase impossível você encontrar um cordelista que não tenha uma página para divulgar suas obras. E isso se deu também a partir do momento que o cordel passou a ocupar as bienais (literárias)", situa o cordelista.

Ele credita à consolidação da Praça do Cordel, na Bienal cearense, a abertura de portas para que o gênero ganhasse espaço em bienais de outros estados. Klévisson defende que o evento cearense é um dos mais diversos, no que diz respeito à divulgação da literatura, em todo o Brasil.

"A nossa Bienal, em termos de programação, é a mais rica. Em SP, a tônica é o comércio. Aqui também tem o comércio, mas a programação é muito mais diversa, uma infinidade de palestras, oficinas, todos os gêneros são contemplados", elogia. "Nossa Bienal é muito bem pensada, e está um passo à frente, mas isso não desmerece as outras", pondera, reforçando como a Praça do Cordel foi um dos gatilhos para que a Feira do Cordel Brasileiro aconteça.



Cenário

A Feira do Cordel Brasileiro nasce de um projeto formulado pela Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará (Aestrofe). Presidente da entidade, Klévisson situa que hoje o Ceará tem o maior número de poetas cordelistas em atividade. Ele considera Fortaleza, na atualidade, a "meca" da literatura de cordel.

"Por baixo, a gente tem uns 15 poetas que acontecem nacionalmente e que publicam em grandes editoras literárias (como a Leya, Hedra). Gente como o Rouxinol do Rinaré, Geraldo Amâncio Pereira, Francisco Paiva Neves", cita, entre outros poetas.

O organizador observa como a literatura de cordel é um gênero mestiço, de origem ibérica, e que se ampliou no Nordeste do Brasil, embora se encontre cordelistas em todas as regiões do País. "É um suporte que pode agregar e falar sobre qualquer tema. Com a característica de que é rimado e metrificado. Por essa razão, creio que a poesia que tem mais leitores hoje é a literatura de cordel", vislumbra.

Simplicidade

Klévisson conta que, visitando países como o México, percebe a procura dos leitores por folhetos de cordel, interessados no formato prático dos livros e no aprendizado do português falado no Brasil.

Ele destaca ainda como a produção é acessível aos leitores. Tanto no preço (há folhetos que custam R$ 1, R$ 2), como na linguagem de fácil compreensão.

"Em toda a América Latina, você vai encontrar literatura popular. No Chile, em Cuba, em todo lugar. A lira chilena é muito parecida com o cordel brasileiro, até na maneira de imprimir, com folhetos similares", compara.

Programação
Quinta (16)

Teatro

14h - Solenidade de abertura com mestres do cordel e da cantoria. Apresentação "A Saga de um vaqueiro"/ Escola José Antão de Alencar Neto (Pio IX/PI)

15h - Aula-espetáculo "Imagens da Ficção Científica no Cordel" com o escritor, compositor e pesquisador Braulio Tavares (RJ)

Café Luiz Gonzaga

16h40 - Lançamento do livro "No tempo que os bichos estudavam", de Paulo de Tarso, o poeta de Tauá (Fortaleza/CE)

Palco Leandro Gomes de Barros

17h - Recital com Raul Poeta (Juazeiro do Norte/CE), Rafael Brito (Fortaleza/CE), Pedro Paulo Paulino (Canindé/CE) e Jota Batista (Canindé/CE)

18h - Show interativo de voz e violão "Cante lá que eu toco cá" com o Mestre Gereba Barreto (Salvador/BA)

19h - Cantoria com o Mestre Geraldo Amâncio Pereira (Fortaleza/CE) e Guilherme Nobre (Fortaleza/CE).

19h50 - Recital com o mestre Chico Pedrosa (Olinda/PE)

20h20 - Show com o rabequeiro e cordelista Beto Brito e Banda (João Pessoa /PB)

Mais informações:
III Feira do Cordel Brasileiro. De quinta (16) a domingo (19), na Caixa Cultural Fortaleza (Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema). Acesso gratuito. Contato: (85) 3453.2770.

Fonte: CADERNO 3 – Diário do Nordeste.

CARIRI CANGAÇO

Adiado o CARIRI CANGAÇO de Paulo Afonso-BA NOTA OFICIAL Diante do atual quadro de Pandemia do Covid-19 que assola nossa Naçã...

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