SEGUNDA
NOITE DE VIOLA NO SERTÃO DE CANINDÉ
A
noite da próxima sexta-feira, 24/08, não será apenas uma noite atraente de luar
no sertão. Será também uma noite de animada cantoria de viola com os grandes
poetas repentistas Geraldo Amâncio e Antônio Jocélio. É o que promete o
promotor do evento, Higino Luís Barros de Mesquita, proprietário da fazenda
Riacho do Facão, interior de Canindé, Ceará.
É a
segunda grande cantoria que Higino Luís patrocina e convida o público em geral
para prestigiar a famosa dupla de violeiros. Antes da apresentação dos cantadores,
será feito o lançamento do livro "No tempo da lamparina - Memórias de um
menino sertanejo", de autoria do escritor e cordelista cearense Arievaldo
Vianna.
O
anfitrião do evento avisa que a cantoria será no estilo “pé de parede”, como
antigamente, com direito a bandeja para coleta dos cantadores, e também a
sugestões de motes e pedidos de temas de viola pela plateia. Sintonizado
continuamente com o sertão, seus costumes e tradições, Higino Luís mantém-se
fiel às suas origens e é um dos maiores entusiastas da cultura popular
regional.
O
acesso à fazenda Riacho do Facão é feito pela BR-020, sentido Canindé-Boa
Viagem. Na localidade de Santa Clara, tem início a estrada vicinal que leva até
à fazenda.
Em
versos, o poeta Pedro Paulo Paulino também reforça o convite:
Em
24 de agosto,
No
Riacho do Facão,
Será
grande a cantoria,
Muito
improviso e canção,
Com
dois grandes cantadores!
Convidamos
os senhores
Para
essa honrosa atração.
A
dupla Antonio Jocélio,
Geraldo
Amancio Pereira,
Dois
poetas inspirados,
Repentistas
de primeira,
A
tradição recomenda,
Pois
no pátio da fazenda
Vão
cantar a noite inteira.
Higino
Luiz Mesquita,
“Cabôco”
bom do sertão,
É
quem faz esse convite,
Com
muita satisfação:
Um
casal bem nordestino,
Dona
Edileuza e Higino,
Será
nosso anfitrião.
É
este o segundo evento
Nessa
fazenda afamada,
Onde
a paz e a alegria
Fizeram
sua morada.
Dizer
isso, nem precisa,
No
entanto, Higino avisa
Que
lá não se paga nada.
Assim
sendo, anote aí
Essa
grande cantoria,
Uma
noite de luar,
De viola
e poesia.
Eu
mesmo não vou perder,
Chego
quando anoitecer
E só
volto no outro dia.
Texto e versos: Pedro Paulo Paulino
* *
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Fonte: www.acordacordel.blogspot.com
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