O Ceará que aporta em Paraty
| PARATY | Nas programações paralelas e na grade principal,
os escritores cearenses participam do principal evento literário do país. A
Festa Literária Internacional de Paraty segue até o domingo, 14 de julho
Mailson Furtado Viana
(Foto: DIVULGAÇÃO/CBL)
O mais importante evento literário realizado em terras
brasileiras começa amanhã, 10. A Festa Literária Internacional de Paraty, a
Flip, que acontece na cidade fluminense desde 2003, se desdobra entre a
programação principal e os vários espaços paralelos. Jarid Arraes, Mailson
Furtado Viana, Socorro Acioli, Klévisson Viana, Anna K Lima e Arievaldo Viana
são apenas alguns dos escritores cearenses que vão participar do evento -
levando seus escritos e suas experiências literárias. A Flip segue até 14 de
julho.
Cordelistas cearenses participam da FLIP em espaço cedido pelo IPHAN
"São espaços fundamentais que tornam a Flip, sem
dúvidas, o evento mais democrático da literatura do país, quanto a questão do
acesso a programações das mais variadas vertentes, a potencializar ainda mais
as possibilidades de debate necessárias ao nosso fazer artístico. E fico feliz
de acompanhar a cada ano estes espaços se fortalecerem", explica Mailson
Furtado Viana, escritor que ganhou o Prêmio Jabuti em 2018, sobre a pluralidade
de programações paralelas no evento. Para além da grade principal - que tem
ingressos de R$ 55 para cada atração - quem vai até Paraty tem a oportunidade
de visitar casas e espaços repletos de atividades como lançamentos, oficinas e
debates. Eles são construídos por livrarias e editoras.
"Fico feliz de estar indo a convite de três casas que
representam três lugares diferentes no sistema do livro, da leitura e do
mercado editorial", aponta a escritora Socorro Acioli. Ela vai participar
de atividades promovidas em "casas" capitaneadas pelo clube de
assinaturas Tag Livros, pelo site noticioso PublishNews e pela gigante do
mercado Amazon. TAG na Flip, Casa PublishNews e Casa Paratodxs,
respectivamente. "O mercado precisa dessa reinvenção. Há um boom de novos
cursos de escrita e de novos escritores. E se não surgirem novos canais para
que esses textos apareçam, algo muito estranho vai acontecer. Nós, como
leitores, precisamos consumir e acompanhar as mudanças", elucida Socorro,
adiantando que a Flip é um terreno fértil para os debates sobre os caminhos do
mercado leitor. A existência dessas "casas" no mais forte evento
literário brasileiro já é um forte indício de como a cena literária vai se
comportar.
A escritora Jarid Arraes, nascida no Cariri Cearense e
radicada em São Paulo, é o único nome cearense figurando na grade de
programação principal. Ela lançou recentemente o livro Redemoinho em Dia
Quente, pela Companhia das Letras. Outros cearenses participam de espaços
criados pelo Sesc e pelo Iphan.
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