domingo, 22 de setembro de 2019

MEMÓRIA DO CANGAÇO


Oito décadas depois, novas descobertas reacendem debate sobre como morreu Lampião



Lampião é um dos personagens mais famosos da história brasileira do século passado
Imagem: Benjamin Abrahão/IMS Raíssa França De Maceió para BBC News Brasil

O jornalista e historiador João Marcos Carvalho, que produziu documentário sobre os últimos dias do cangaceiro, pediu análise das peças que Lampião usava ao morrer. Mais de oito décadas se passaram, e a história ainda não chegou à conclusão de como Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi morto. O debate ainda rende entre pesquisadores do cangaço e segue longe de um consenso sobre como se deram os últimos suspiros de Lampião. Há até mesmo quem duvide de sua morte. Uma novidade trouxe mais elementos a um debate que parece não ter fim. Trata-se de uma perícia feita nas roupas e objetos que estavam com Lampião no dia da emboscada policial na grota do Angico, sertão de Sergipe, em 27 de julho de 1938. Após as mortes, as cabeças de Lampião, sua esposa Maria Bonita e outros cangaceiros foram cortadas e expostas ao público como troféu no Recife.
As peças estavam guardadas intocáveis até então no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas - como a operação que caçou o cangaceiro na caatinga foi feita pela Polícia Militar do Estado, Alagoas herdou o material e o guarda como relíquia até hoje. A análise foi feita pelo perito Victor Portela, do Instituto de Criminalística de Alagoas.
A BBC News Brasil teve acesso ao documento inédito, datado de 19 de julho de 2019, que atesta que Lampião teria recebido três tiros. (...)


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