Oito décadas depois, novas
descobertas reacendem debate sobre como morreu Lampião
Lampião é um
dos personagens mais famosos da história brasileira do século passado
Imagem:
Benjamin Abrahão/IMS Raíssa França De Maceió para BBC News Brasil
O jornalista e historiador João Marcos Carvalho, que produziu
documentário sobre os últimos dias do cangaceiro, pediu análise das peças que
Lampião usava ao morrer. Mais de oito décadas se passaram, e a história ainda
não chegou à conclusão de como Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi
morto. O debate ainda rende entre pesquisadores do cangaço e segue longe de um
consenso sobre como se deram os últimos suspiros de Lampião. Há até mesmo quem
duvide de sua morte. Uma novidade trouxe mais elementos a um debate que parece
não ter fim. Trata-se de uma perícia feita nas roupas e objetos que estavam com
Lampião no dia da emboscada policial na grota do Angico, sertão de Sergipe, em
27 de julho de 1938. Após as mortes, as cabeças de Lampião, sua esposa Maria
Bonita e outros cangaceiros foram cortadas e expostas ao público como troféu no
Recife.
As peças estavam guardadas intocáveis até então no Instituto
Histórico e Geográfico de Alagoas - como a operação que caçou o cangaceiro na
caatinga foi feita pela Polícia Militar do Estado, Alagoas herdou o material e
o guarda como relíquia até hoje. A análise foi feita pelo perito Victor
Portela, do Instituto de Criminalística de Alagoas.
A BBC News Brasil teve acesso ao documento inédito, datado de
19 de julho de 2019, que atesta que Lampião teria recebido três tiros. (...)
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